segunda-feira, 20 de julho de 2009

Algumas definições de estudiosos da Psicopedagogia

Golbert - (...) o objeto de estudo da psicopedagogia deve ser entendido a partir de dois enfoques: preventivo e terapêutica. O enfoque preventivo considera o objeto de estudo da psicopedagogia a ser humano em desenvolvimento, enquanto educável. Seu objeto de estudo é a pessoa a ser educada, seus processos de desenvolvimento e as alterações de tais processos. Focaliza as possibilidades do aprender, num sentindo amplo.Não deve se restringir a uma só agência como a escola, mas ir também à família e à comunidade. Poderá esclarecer, de forma mais ou menos sistemática, a professores, pais e administradores sobre as características das diferentes etapas do desenvolvimento, sobre o progresso nos processos de aprendizagem, sobre as condições psicodinâmicas da aprendizagem. O enfoque terapêutica considera o objeto de estudo da psicopedagogia a identificação. análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem (1985, p. 13)

Kiguel - o objeto central de estudo da psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos - bem como a influência do meio (família, escola e sociedade) no seu desenvolvimento.

Neves - a psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar. levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em conjunto. E mais procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos. afetivos e sociais que lhe esteio implícitos (1991, p. 12).

Rubinstein - num primeiro momento a psicopedagogia esteve voltada para a busca e o desenvolvimento de metodologias que melhor atendessem aos portadores de dificuldades, tendo como objetivo fazer a reeducação ou a remediação e desta forma promover o desaparecimento do sintoma. E ainda, a partir do momento em que o foco de atenção passa a ser a compreensão do processo de aprendizagem e a relação que a aprendiz estabelece com a mesma. o objeto da psicopedagogia passa a ser mais abrangente: a metodologia é apenas um aspecto no processo terapêutico. e o principal objetivo é a investigação de etiologia da dificuldade de aprendizagem. bem como a compreensão do processamento da aprendizagem considerando todas as variáveis que intervêm neste processo. (1992, p. 103)

Scoz - estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades. e numa ação profissional deve englobar vários campos do conhecimento. integrando-os e sintetizando-os.

Visca - inicialmente foi uma ação subsidiária da Medicina e da Psicologia, perfilou-se como um conhecimento independente e complementa, possuída de um objeto de estudo - o processo de aprendizagem - e de recursos diagnósticos, corretores e preventiivos próprios.

Weis- ­ busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores.

Bibliografia:
BOSSA, Nádia Aparecida. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Lição da águia

A águia empurra gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração maternal se acelera com as emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que ela sente a resistência dos filhotes aos seus persistentes cutucões: “Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?”, ela pensou. Esta questão secular ainda não estava respondida para ela...
Como manda a tradição da espécie, o ninho estava localizado bem no alto de um pico rochoso, nas fendas protetoras de um dos lados dessa rocha.
Abaixo dele, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. "E se justamente agora isto não funcionar?", ela pensou.
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão maternal estava prestes a se completar. Restava ainda uma tarefa final... o empurrão.
A águia tomou-se da coragem que vinha de sua sabedoria interior. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas, não haverá propósito para sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer uma águia. O empurrão era o maior presente que ela podia oferecer- lhes. Era seu supremo ato de amor. E então, um a um, ela os precipitou para o abismo... e eles voaram!"

O Psicopedagogo é como a águia que tem por missão "empurrar" os indivíduos envolvidos no processo de aprendizagem para que eles descubram a alegria de voar.

domingo, 12 de julho de 2009

Profissão: Psicopedagogo - Campos de Atuação

O mercado de trabalho

É promissor o campo de trabalho para o psicopedagogo. Muitas instituições estão descobrindo e requisitando esse profissional. Além de escolas e clínicas, as oportunidades crescem em empresas preocupadas em investir na educação continuada e no treinamento de seus funcionários. Como a lei determina que 5% dos postos de trabalho sejam preenchidos por deficientes, o psicopedagogo tem sido procurado por algumas companhias para orientar e auxiliar na contratação dessas pessoas. Microlins, Dell e Unisys são alguns exemplos de empresas que absorvem o especialista. Os governos estaduais e municipais abrem concurso freqüentemente para o profissional atuar em escolas e órgãos públicos - nos últimos cinco anos, houve mais de 40 concursos municipais no país, com salários de até R$ 2.900. Uma nova tendência é a contratação de psicopedagogos para trabalhar em universidades, na orientação e no assessoramento dos professores. Em ONGs que desenvolvem projetos educativos também surgem postos de trabalho. As vagas estão espalhadas por todo o país - com destaque para as capitais, cidades maiores e a região Nordeste -, embora o Sul e o Sudeste ainda sejam os maiores empregadores. Outra prova de que o psicopedagogo pode trabalhar fora do ambiente escolar é sua presença em hospitais, na tentativa de mudar hábitos. Pacientes diabéticos ou obesos, por exemplo, contam com a sua ajuda para reaprender a se alimentar.

(fonte:guiadoestudante.abril.com.br)



CLÍNICO
OBJETIVOS:
  • Promover a reelaboração do processo de aprendizagem do sujeito que apresenta dificuldades;
  • Desenvolver no sujeito o prazer de aprender;
  • Propiciar condições para que o sujeito desenvolva autonomia.

DIAGNÓSTICO:

  • Compreensão diagnóstica do sintoma de dificuldade de aprendizagem através de técnicas específicas e da integração de dados de outros exames: neurológicos, escolares, fonoaudiológicos, psicológicos, etc.

TRATAMENTO/ASSESSORIA:

  • Clínico: individual ou grupal
  • Orientação de grupo familiar em relação ao processo de aprendizagem;
  • Orientação junto à escola, de aspectos evidenciados no diagnóstico e/ou tratamento.

INVESTIGAÇÃO:

  • Métodos clínicos;
  • Trabalho com hipóteses;
  • Processamento clínico de entrevista;
  • Seleção de amostras;
  • Tratamento estatístico (optativo)
  • Supervisão.

INSTITUCIONAL

OBJETIVOS:

  • Colaborar com a instituição : Familiar, Escolar, Educacional, Sanitária, para cumprir seu papel transmissor/construtos de conhecimento.

DIAGNÓSTICO:

  • Identificação dos obstáculos do desenvolvimento do processo de aprendizagem através de técnicas específicas de análise institucional e pedagógica.

TRATAMENTO/ASSESSORIA:

  • Intervenção;
  • Conscientização dos conflitos da fragmentação de conhecimentos;
  • Informação sobre atitudes pedagógicas com dificuldades de elaboração a todos os níveis;
  • Implantação de recirsos preventivos.

INVESTIGAÇÃO:

  • Diferentes Metodologias:
  1. Sócio-pedagógica, histórica, antropológica e etnológica-educativa. Sugestões de temas para pesquisas:

- da imagem que o professor do aluno e vice-versa.

-sobre a ideologia da realidade (mitos, símbolos, etc)

TEÓRICO

OBJETIVOS:

  • Aplicação controlada de diversas teorias clínicas ao campo psicopedagógico;
  • Criação de teoria específica.

DIAGNÓSTICO:

  • Análise do discurso;
  • Análise de atividades;
  • Codificação de sintomas;
  • Psicossomática da aprendizagem;
  • Avaliação das intervenções, determinação de variáveis;
  • Reavaliação constante dos itens acima.

INVESTIGAÇÃO:

2. Estatístico-analítica do campo de atuação.

- Epstemologia

- Diferentes abordagens teóricas.


Psicopedagogia

Inteligências Múltiplas e a Educação do Séc XXI

(por Viviany Freire)

Inteligências Múltiplas foi o termo utilizado `a teoria das inteligências criada por Gardner, com grande repercussão nos Estados Unidos em meados dos anos 80. Sua teoria veio para o Brasil nos anos 90, e hoje mais de 20 anos após sua criação a educação brasileira vem conhecer esta teoria com embasamento mais profundo.
Acreditar na possibilidade desta teoria para sala de aula, vem nos fazer compreender a importância de perceber o indivíduo como um ser pluralista, portados de várias inteligências, diferente do outro, tornando-o um ser único. Hoje no séc XXI, é de extrema importância obter um outro olhar sobre a inteligência dos indivíduos, levar em consideração suas habilidades e potencialidades frente ao conhecimento em que lhe são apresentados.
Mas a tarefa para este novo milênio não é apenas afiar nossas várias inteligências e usá-las adequadamente. Precisamos ver como a inteligência e a moral, podem trabalhar em conjunto e criar um mundo em que uma grande variedade de pessoas queiram viver. Afinal, uma sociedade dirigida por pessoas inteligentes, ainda podem destruir a si mesmas ou ao resto do mundo.
Há meio século, ainda havia neurocientistas que acreditavam que o cérebro fosse uma máquina para todas as finalidades e que qualquer parte do cérebro podia servir para qualquer função cognitiva ou perceptiva.
Todos os fatos agora apontam para o cérebro como sendo um órgão altamente diferenciado: capacidades específicas, que vão da percepção do ângulo de uma linha à produção de um determinado som linguístico, estão ligadas a redes neuronais específicas. Dessa perspectiva, faz muito mais sentido pensar o cérebro como algo que abriga um número indefinido de capacidades intelectuais, cujas relações entre si precisam ser elucidadas.
Após as pesquisas de Gardner, adotou-se a visão de que o cérebro é modular, ou seja, se pensa melhor a mente humana como uma série de faculdades relativamente independentes, tendo relações apenas soltas entre umas e outras.
Hoje ele conceitua a Inteligência como um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura.
Segundo Gardner, as Inteligências não são objetos que podem ser vistos nem contados. Elas são potenciais, neurais presumivelmente, que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos.
São estas as 9 Inteligências (a nona ainda em comprovação) citadas por Gardner:
  • Inteligência Lógico- Matemática: Envolve a capacidade de analisar problemas com lógica, de realizar operações matemáticas e investigar questões cientificamente.
  • Inteligência Musical: Acarreta habilidade na atuação da composição e na apreciação de padrões musicais. Tem uma estrutura quase paralela à inteligência linguística, leva em consideração: rítmo, pulso, entonação entre outros fatores.
  • Inteligência Corporal-Cinestésica: Acarreta o potencial de se usar o corpo para resolver situações problemas ou fabricar produtos.
  • Inteligência Espacial: Tem como potencial reconhecer e manipular os padrões do espaço, bem como os padrões de áreas mais confinadas.
  • Inteligência Linguística: Envolve a sensibilidade para a língua falada e escrita, a habilidade de aprender línguas e a capacidade de usar a língua para atingir certos objetivos.
  • Inteligência Interpessoal: Detona a capacidade de entender as intenções, as motivações e os desejos do próximo e, consequentemente, de trabalhar de modo eficiente com terceiros.
  • Inteligência Intrapessoal: Envolve a capacidade de a pessoa se conhecer, de ter um modelo individual de trabalho eficiente, incluindo aí seus próprios desejos, medos e capacidades de usar estas informações com eficiência para regular a própria vida.
  • Inteligência Naturalista: Demonstra grande experiência no reconhecimento e na classificação de numerosas espécies da flora e da fauna de seu meio ambiente.
  • Inteligência Existencial: A capacidade de ver o mundo através da religiosidade, misticismo, mitologia, de se perguntar sobre a formação do mundo, do cosmos, dos seres vivos.

Os pontos chaves na teoria da "IM", é considerar que:

  • Toda pessoa possui todas as nove inteligências;
  • A maioria das pessoas podem desenvolver cada inteligência num nível adequado de competência;
  • As inteligências, normalmente funcionam juntas de maneira complexa;
  • Existem muitas maneiras de ser inteligente em cada categoria.

Para a educação do séc XXI, devemos levar em consideração a pluralidade de cada indivíduo para ensinarmos e aprendermos juntamente, propondo atividades que venham de encontro ao desenvolvimento pleno do indivíduo, que o faça pensar para modificar a realidade e que possa apresentar soluções para os problemas contemporâneos.

Juatificativa da Profissão

(Deputado Barbosa Neto)

Apesar do muito que se tem estudado e discutido sobre a educação brasileira, o fracasso escolar impõe-se de forma alarmante e persistente em nossas estatísticas, mostrando que o sistema ampliou o número de vagas, mas não desenvolveu uma política que o tornasse eficiente na garantia do bom desempenho no processo de aprendizagem, possibilitando aos aprendizes o acesso à cidadania.
A escola, que deveria ser local de promoção do desenvolvimento das potencialidades de todos os indivíduos, torna-se, para muitos, palco de fracassos ou de desenvolvimento insatisfatório e precáreo.
Esse quadro exige uma urgente revisão do projeto educacional brasileiro, de modo a melhorar a qualidade do que se ensina e de como se ensina, do que se aprende e de como se aprende. Essa situação só poderá ser enfrentada, se o processo de aprendizagem for analisado sob uma perspectiva que considere não só o contexto social em que esta prática se dá, mas simultaneamente com a visão global da pessoa que aprende e de suas dificuldades neste processo.
A resposta para tal desafio é a prática psicopedagógica, exercida por um profissional especializado. O psicopedagogo cuja atuação visa não apenas a sanar problemas de aprendizagem, considerando as características multidisciplinares da pessoa que aprende, buscando melhorar seu desenvolvimento e aumentar suas potencialidades de aprendizagem.
Tendo adquirido conhecimentos multidisciplinares e manuseio de instrumentos psicopedagógicos específicos que lhe permitem uma atuação eficaz junto aos alunos, os Psicopedagogos são, hoje, os profissionais que apresentam as melhores condições de atuar na melhoria da forma de aprendizagem e na resolução dos problemas decorrentes desse processo.
Na relação com o aprendiz, o Psicopedagogo estabelece uma investigação cuidadosa, que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a situação mais adequada para que a aprendizagem ocorra.
Além de ter fundamental atuação na área educacional, os Psicopedagogos avançam também na pesquisa científica pois, a partir da eficiência constatada na prática clínica, estruturam um corpo de conhecimentos psicopedagógicos, abrindo, ao mesmo tempo, um vasto campo de investigação de fenômenos envolvidos no processo de aprendizagem.
Um grande número cada vez maior de profissionais encontra na Psicopedagogia um campo de atuação capaz de criar novas respostas para os velhos problemas que se tem mostrado insolúveis.

domingo, 5 de julho de 2009

Fundamentos da Psicopedagogia

Apesar de o termo Psicopedagogia sugerir tratar-se de uma aplicação da Psicologia à Pedagogia, diversos autores enfatizam seu caráter interdisciplinar, admitindo a sua especificidade enquanto área de estudos, uma vez que, buscando conhecimentos em outros campos (como a Psicologia, Psicanálise, Lingüística, Fonoaudiologia, Medicina, Pedagogia) cria o seu próprio objeto de estudo.
A Psicopedagogia ocupa-se em estudar as características aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las, sendo os problemas deste processo a causa e a razão da Psicopedagogia.
Esse objeto de estudo adquire características específicas a depender do trabalho clínico ou preventivo.
No trabalho clínico o profissional deve compreender o que o sujeito aprende, como aprende e por que, além de perceber a dimensão da relação entre psicopedagogo e sujeito de forma a favorecer a aprendizagem.
No trabalho preventivo, a instituição, enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem é objeto de estudo da Psicopedagogia, uma vez que são avaliados os processos didático-metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de aprendizagem.
Já na área da saúde, o trabalho é feito em consultórios privados e/ou instituições de saúde no sentido de reconhecer e atender às alterações da aprendizagem sistemática e/ou assistemática, de natureza patológica. Existe também uma proposta de atuação nas empresas, onde o objetivo seria favorecer a aprendizagem do sujeito para uma nova função, auxiliando-o para um desenvolvimento mais efetivo de suas atividades.
Houve tempo em que o trabalho psicopedagógico priorizava a reeducação, o processo de aprendizagem era avaliado em função de seus déficits e o trabalho procurava vencer tais defasagens. Esse enfoque buscava estabelecer semelhanças entre grandes grupos de sujeitos, as regularidades, o esperado para determinada idade, visando reduzir as diferenças e acentuar a uniformidade.
Posteriormente o não aprender é carregado de significados. Essa nova concepção leva em conta as singularidades do indivíduo ou grupo, buscando o sentido particular de suas características e suas alterações, segundo as circunstâncias da sua própria história e do seu mundo sociocultural. Entende-se que todo sujeito tem a sua modalidade de aprendizagem (maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e constituir o saber).
Atualmente, a Psicopedagogia trabalha com uma concepção de aprendizagem segundo a qual participa desse processo um equipamento biológico com disposições afetivas e intelectuais que interferem na forma de relação de sujeito com o meio, sendo que essas disposições influenciam e são influenciadas pelas condições socioculturais do sujeito e do seu meio.
Historicamente a psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, mas ela se tem voltado cada vez mais para uma ação preventiva, acreditando que muitas dificuldades de aprendizagem se devem à inadequada Pedagogia Institucional e familiar. A proposta da Psicopedagogia, numa ação preventiva é adotar uma postura crítica frente ao fracasso escolar, numa postura mais totalizante, visando propor novas alternativas de ação voltadas para a melhoria da prática pedagógica nas escolas.
Concordo com Bossa quando se refere à inadequação da Pedagogia institucional e familiar. Diz o ditado que “a palavra convence, o exemplo arrasta”, enquanto pais e professores não tomarem consciência da responsabilidade que possuem em relação às crianças e os jovens que estão sob sua orientação e não tomarem a iniciativa de repensar sua própria postura e modificar seus paradigmas, as dificuldades de aprendizagem só irão perpetuar-se. Tudo o que se dedica atenção tende a aumentar, se antes o foco de atenção era direcionado para as dificuldades, hoje a psicopedagogia modular abre a oportunidade para que se encare a educação sob um novo paradigma: o da potencialização das capacidades (todo indivíduo possui um potencial latente para ser desenvolvido).
O ensinar pensar correto, a transmissão de valores, a utilização consciente das palavras, a expectativa positiva em relação ao futuro, a concentração nas qualidades do indivíduo, tudo isso faz parte de uma Pedagogia que visa desenvolver o potencial dos alunos formando-os cidadãos para a vida e facilitando no processo de aprendizagem.

Referência Bibliográfica:
Bossa, Nádia Aparecida – A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática.

"O objetivo da educação não é o de transmitir conhecimentos sempre mais numerosos ao aluno, mas o de criar nele um estado interior e profundo, uma espécie de polaridade de espírito que o oriente em um sentido definido, não apenas durante a infância, mas por toda a vida”



(Durkheim)